Descrição
Segue um trecho do prefácio, onde Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva comenta:
“Esta obra sobre as culturas do grupo TL, além de ser um belo exemplo de pesquisa etnográfica, é também um registro importante do trabalho do grupo de pesquisa Texto Livre, liderado por Ana Cristina Fricke Matte na Faculdade de Letras da UFMG. O foco do grupo é o software livre (SL) e ele se desdobra em vários subgrupos com suas próprias culturas, por isso “culturas” no plural.
Cultura neste livro é entendida como a leitura que se faz das práticas do outro, já cultura livre é “um empreendimento de colaboração, compartilhamento e meritocracia a partir do desenvolvimento e da distribuição de SL” (p. 29), como define o grupo TL, segundo Castro.
O autor consegue desenvolver com competência uma investigação com suporte coerente da lógica etnográfica e de conceitos da complexidade. Afinal como ressalta (p. 72), citando Agar (2004), ‘pesquisa etnográfica é, nela e para ela mesma, um sistema adaptativo complexo’.
Para quem quer investigar cultura(s) de um grupo, nada melhor do que adotar a etnografia e é isso que o autor faz com maestria para “identificar padrões e emergências no ambiente comunitário” (p. 45). Castro descreve os padrões interacionais do grande grupo e dos subgrupos e identifica as emergências que surgem das interações nessa comunidade. Para tanto, ele se apoia no construcionismo, na complexidade e na ideia de comunidades de práticas (CoPs) (ver capítulo 2).
O leitor encontra, em detalhes, a descrição da comunidade Texto Livre que ele define como comunidade fractalizada em função da autossemelhança entre as demais comunidades que a compõem. Cada grupo dessa comunidade maior possui características próprias do grande grupo, como, por exemplo, a interatividade e a colaboração, mas tem também seus objetivos específicos.”
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